A exploração de petróleo na Margem Equatorial brasileira pode gerar mais de 52 mil empregos formais e injetar R$ 10,7 bilhões no PIB do Pará, segundo estimativas da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Para fortalecer as oportunidades de desenvolvimento econômico e social, a Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA) firmou, na segunda-feira (24/03), em Brasília, uma parceria estratégica com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN). Durante o evento, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Pará (SENAI Pará) e o SENAI do Rio de Janeiro assinaram um protocolo de intenções para cooperação em inovação tecnológica e qualificação profissional.
A parceria visa impulsionar o desenvolvimento de projetos e pesquisas, além de promover o compartilhamento de estudos e o debate sobre a experiência do Rio de Janeiro, estado que possui a maior expertise na produção industrial de petróleo e gás no Brasil. O acordo também busca aprimorar o mercado local, com foco na demanda regional e estreitar a interação entre as indústrias fluminenses e paraenses no cenário nacional e internacional.
Para o presidente do Sistema FIEPA, Alex Carvalho, a colaboração será essencial para que o setor industrial do Pará atinja seu pleno potencial e, com isso, a população local possa aproveitar as oportunidades criadas. “Sabemos que atender às demandas do setor de petróleo e gás no Pará será um grande desafio. Por isso, buscamos essa aproximação com a FIRJAN, que já tem uma atuação consolidada e expertise nesse mercado”, afirmou.
O presidente da FIRJAN, Luiz Césio Caetano, também ressaltou a importância do acordo, destacando que ele será crucial para o desenvolvimento de tecnologias que garantam a eficiência operacional, além de apoiar o aperfeiçoamento profissional e o mapeamento da cadeia produtiva local. “O Rio de Janeiro é o líder na produção de petróleo e gás no Brasil. Com certeza, temos muito a compartilhar para ajudar a FIEPA a avançar nesse mercado”, declarou Caetano.
De acordo com o Plano Estratégico 2050 e o Plano de Negócios 2025-2029 da Petrobras, a empresa prevê um investimento de US$ 3 bilhões e a perfuração de 15 poços na região. Para a FIEPA, a produção de petróleo na Margem Equatorial deve impulsionar vários setores da economia, estimulando a criação de novos negócios, gerando emprego e renda e fortalecendo os fornecedores locais com a internalização das compras no próprio Estado.
“Nossa expectativa é que os recursos gerados por essa operação contribuam para o desenvolvimento de áreas como infraestrutura, logística e capacitação de mão de obra local, resultando em maior arrecadação e promovendo a transformação da realidade do nosso Estado. Isso ajudará a reduzir as diferenças regionais que historicamente têm nos colocado em desvantagem em comparação com outras partes do país”, concluiu Alex Carvalho.
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