O tabagismo é um problema de saúde global que afeta milhões de pessoas e compromete significativamente a qualidade de vida. Segundo a Dra. Mary Fonseca, cardiologista e professora da Faculdade Estácio, vinculada ao Instituto de Educação Médica (IDOMED), o hábito de fumar está intimamente ligado a doenças pulmonares graves como a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), enfisema e câncer de pulmão.
“Inalar fumaça de cigarro causa danos crônicos aos tecidos pulmonares e leva à inflamação persistente, o que reduz a eficiência da função pulmonar ao longo do tempo”, explica Fonseca. Ela também destaca que o tabagismo é uma das principais causas de tosse crônica, produção excessiva de muco e infecções respiratórias recorrentes, além de sintomas como falta de ar e chiado no peito.
Apesar dos desafios, a cessação do tabagismo é possível e fundamental para a recuperação da saúde pulmonar. A médica recomenda que os interessados em parar de fumar busquem ajuda profissional para desenvolver um plano personalizado, que pode incluir medicamentos para reduzir a dependência de nicotina. “É crucial reconhecer os gatilhos que incitam o ato de fumar e encontrar estratégias alternativas para lidar com o estresse e a ansiedade”, diz ela.
A Dra. Fonseca enfatiza a importância do apoio de amigos, familiares e grupos de apoio, além de recomendar a definição de metas e a celebração de conquistas ao longo do caminho. Ela também sugere o envolvimento em atividades que ocupem mente e corpo, ajudando a reduzir o desejo de fumar.
“Embora alguns danos aos pulmões sejam irreversíveis, parar de fumar traz benefícios imediatos e a longo prazo, como a melhoria da função pulmonar e a redução do risco de complicações graves, como o câncer de pulmão”, conclui Fonseca, destacando a esperança e a melhoria da qualidade de vida que podem ser alcançadas com a cessação do tabagismo.