A modelo Emilly Di Paiva, de 20 anos, é uma das inúmeras provas que de Barcarena pode sair frutos que enchem de orgulho esta cidade. Natural destas terras caboclas, de Mestre Vieira, da baleia, do abacaxi e do alumínio, Emilly tem desbravado a Europa e a África em sua carreira de modelo, levando todo seu talento, encanto, beleza, simpatia, e acima de tudo, sua simplicidade e amor por seu estado e por seu município de origem, e a cidade para onde se mudou, também no interior do estado do Pará, que é o município de Muaná, na Ilha do Marajó.
Em Barcarena, Emilly estudou o ensino fundamental na escola Santa Sofia, no Conjunto Romeu Teixeira, da sede do município, de onde guarda boas lembranças. Quando tinha 12 anos, mudou-se para Muaná, para viver com sua mãe. “Foi um momento difícil, pois toda minha família mora em Barcarena e não queria ficar tão distante. Porém, com o tempo fui fazendo novas amizades e me adaptei na nova cidade. Hoje, Muaná é o lugar onde eu moro e tenho grandes amigos, e um carinho muito especial”, explica.
Há quem acredite que a vocação para uma profissão já existe dentro de cada pessoa desde sempre. Para a Emilly, isso é pura realidade, pois sua história como a moda começou desde muito cedo. Sua família sempre a incentivou e buscou por oportunidades para que ela realizasse esse sonho. “Participei ao longo da minha adolescência por vários projetos de “caça talentos”, em Belém e às vezes em outro Estado. Fazia vaquinha para financiar minhas viagens. Com 14 anos eu parei de buscar por isso, me concentrei mais nos estudos, porque não havia nenhum resultado. Sempre gostei muito de desfilar e comecei a sentir falta disso depois de 2 anos sem fazer nada. Me lembro até hoje, desfilava no corredor da minha casa com fone de ouvido, enquanto meus pensamentos fluíam no meu sonho”, detalha a modelo.
“Eu pedia a Deus que me desse uma oportunidade apenas para desfilar em algum lugar, não importava como, então foi aí que surgiu os concursos de Miss. Um amigo da minha mãe, soube que teria um concurso de Miss Teen Pará em Belém, e avisou ela para que me inscrevesse. Foram dois concursos com duração de um ano cada. No último, eu já estava desacreditada, porque havia perdido o primeiro. Falei a mim mesma que seria o último concurso que participaria, pois focaria no Enem para fazer medicina. Até que pela minha surpresa eu ganhei. Com o meu prêmio em dinheiro, consegui custear minha ida para São Paulo para conhecer uma agência de modelos”, relembra emocionada.
E foi ali que tudo começou. Era novembro de 2021. Em fevereiro de 2022, já estava na Itália para começar sua tão sonhada carreira de modelo. Depois Emilly foi mais longe, para Dubai, Turquia, e recentemente no Egito. No total, trata-se de uma trajetória desbravada em 9 países, conhecendo várias culturas, e trabalhando duro naquilo que ela tanto ama. “Eu amo fazer o que faço e sou muita grata a Deus por ter tido essa oportunidade na minha vida. Com certeza mudou totalmente o rumo da minha história”, destaca.
Para o futuro, a modelo projeta continuar trabalhando, estudar e focar em novos projetos. “Meus próximos passos serão aproveitar a visibilidade que estou tendo, depois de muito tempo, para impulsionar meus objetivos, não apenas como modelo, mas com os meus outros projetos de vida. Eu tenho um objetivo, e ele é muito grande, cada ano que passa eu vou aprendendo mais sobre o que eu realmente quero. Mas adianto, que no momento o foco será os estudos no exterior”, detalha. Com relação ao que mora dentro de seu coração, Emilly revela que é valorizar sua gente e suas raízes.
“Meu sonho sempre foi e sempre será enquanto eu não conseguir, dar uma vida melhor para minha família. Fazer com que eles conheçam cada lugar que eu pisei e conhecer novos lugares com eles. Sonho em ter meu próprio negócio na moda. Costumo não me colocar tanta pressão sobre isso. Tenho 20 anos, existem várias possibilidades de vida, mas o objetivo em si eu tenho, para chegar até lá precisarei de persistência e coragem. Quem sabe volto aqui e conto sobre mais uma realização de vida”, finaliza com maestria.
Fotos: arquivo pessoal