SIGA A GENTE

GÁS NATURAL: COMITIVA DA ARCON VISITA PARQUE ENERGÉTICO DE BARCARENA

Uma comitiva da Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos do Estado do Pará (Arcon) realizou uma visita técnica ao Sistema de Distribuição de Gás Natural e às obras das usinas termoelétricas Novo Tempo e Portocem, em Barcarena. O objetivo foi verificar o avanço do mercado de gás natural liquefeito (GNL) e sua importância para a transição energética no estado.

A equipe, composta por diretores, coordenadores e analistas, foi recebida por executivos da Companhia Gás do Pará (GDP) e da New Fortress Energy, empresas reguladas pela Arcon. Durante a visita, os gestores conheceram as instalações administrativas e operacionais, incluindo as áreas de recebimento, regaseificação e odorização do gás natural.

Expansão e impacto do setor de gás natural

O diretor-geral da Arcon, Fabricio Costa, destacou o crescimento da cadeia do gás no Pará e a relevância da regulação nesse processo.

“Cada norma e instrumento regulatório que validamos tem sido aplicado com eficiência. A visita nos permitiu uma visão clara da grandiosidade desse empreendimento e da importância do trabalho da Arcon para garantir um serviço de qualidade,” afirmou.

O presidente da Companhia Gás do Pará, Fernando Flexa Ribeiro, comemorou o primeiro ano de operação da empresa, ressaltando a redução de 700 milhões de toneladas de gases do efeito estufa, a maior descarbonização da América Latina em uma única unidade industrial.

“O Pará vive um período de crescimento acelerado, atraindo investimentos e impulsionando o desenvolvimento econômico e social. Atualmente, contamos com um parque energético em expansão, com capacidade de geração de 2,2 gigawatts, o que representa 25,8% da capacidade da Usina Hidrelétrica de Tucuruí e 17,3% da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Esse avanço garante maior segurança para o sistema elétrico nacional,” destacou.

Usinas termoelétricas: modernidade e eficiência

Os técnicos acompanharam o andamento das obras das usinas termoelétricas Novo Tempo e Portocem. A primeira tem previsão de início das operações em junho deste ano, enquanto a segunda deve entrar em funcionamento em 2026.

O diretor de Relações Institucionais e Governamentais da New Fortress Energy, Paul Steffen, detalhou os empreendimentos.

“Atualmente, já fornecemos gás natural para a indústria paraense por meio de uma estação de transferência de custódia integrada a um terminal de GNL. A usina Novo Tempo, que entrará em operação ainda este ano, utiliza um sistema de ciclo combinado, com turbinas a gás e a vapor, alcançando cerca de 65% de eficiência, um dos índices mais altos do mundo,” explicou.

Já a Usina Portocem, inicialmente projetada para o Ceará, foi adquirida para ser implantada em Barcarena. Com capacidade de 1,6 gigawatt, o empreendimento reforçará o sistema elétrico nacional.

“São projetos complementares que garantem segurança energética ao país,” ressaltou Steffen.

Regulação e desenvolvimento do setor

Desde 2023, a Arcon regula a distribuição e comercialização do gás canalizado em Barcarena, assegurando que a expansão do setor ocorra de forma segura e eficiente.

Para André Macedo, diretor Administrativo e Financeiro da Gás do Pará, a presença da agência reforça a parceria entre os órgãos reguladores e as empresas.

“A visita permitiu apresentar o funcionamento atual do sistema, que já atende indústrias como a Alunorte, e os projetos futuros, como a Térmica da Celba, prevista para julho, e a Alubar, que entrará em operação em junho. Esse alinhamento regulatório fortalece a atuação da concessionária, da agência e, principalmente, beneficia os consumidores de gás natural no estado,” afirmou.

O coordenador técnico de Gás da Arcon, Rafael William, destacou o papel estratégico da agência na estruturação desse mercado no Pará.

“A Arcon atua como elo entre as empresas e o mercado, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do setor. Acompanhamos a experiência de estados como Rio de Janeiro e São Paulo, onde o setor já está consolidado, para aplicar as melhores práticas na realidade paraense,” concluiu.

 

Fotos: Divulgação/Gás do Pará

PUBLICIDADE