Setor industrial paraense avança 10% e supera estados do Sul e Sudeste, impulsionado pela extração mineral, metalurgia e madeira
O Pará assumiu a dianteira do crescimento industrial no Brasil no primeiro quadrimestre de 2025. Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado registrou alta de 10% na produção industrial entre janeiro e abril deste ano, em comparação com o mesmo período de 2024.
O desempenho, considerado o melhor entre todas as unidades federativas, coloca o Pará à frente de tradicionais potências industriais como Santa Catarina (6,4%) e Paraná (5,3%). A análise faz parte da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) regional, e foi reforçada por dados do Observatório da Indústria Paraense, iniciativa vinculada ao Sistema FIEPA.
O avanço expressivo foi puxado principalmente pelas indústrias extrativas, com destaque para a produção de minérios como ferro, cobre e manganês. Também se destacaram os setores de metalurgia, com crescimento de 13%, e de produtos de madeira, que registraram um salto de 16,3% no comparativo com os primeiros quatro meses de 2024.
Para o gerente do Observatório da Indústria da FIEPA, Felipe Freitas, os dados revelam uma industrialização mais diversificada no estado.
“O desempenho da indústria paraense reforça sua importância estratégica para a economia. Temos segmentos em expansão que agregam valor, como a metalurgia e a transformação de madeira, além da tradicional força das atividades extrativas”, destacou.
Na análise dos últimos 12 meses, o crescimento acumulado da indústria paraense foi de 9%, com destaque absoluto para o setor de metalurgia, que avançou 20,9% no período. Especificamente em abril de 2025, o estado registrou um crescimento de 27,3% em relação ao mesmo mês do ano anterior, sendo que a indústria extrativa avançou 32,2%.
Apesar da forte performance no ano, houve uma leve retração de -0,8% na produção industrial do Pará entre março e abril de 2025, após dois meses de crescimento consecutivo. Ainda assim, o recuo foi discreto frente às quedas observadas em outros estados como:
- •Ceará (-3,9%)
- •Espírito Santo (-3,5%)
- •São Paulo (-1,7%)
- •Rio de Janeiro (-1,9%)
Foto: Divulgação/Sistema FIEPA
