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CESTA DE NATAL FICA MAIS CARA EM 2024: AUMENTO DE ATÉ 21% EM ALIMENTOS TRADICIONAIS

As celebrações natalinas em 2024 devem exigir maior planejamento financeiro por parte das famílias brasileiras. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), revelou que os produtos típicos da ceia de Natal registraram uma alta média de 9,16%, pressionando ainda mais o orçamento doméstico em um cenário já marcado pela inflação.

Principais aumentos nos itens da ceia
Em novembro deste ano, o preço médio da cesta de Natal alcançou R$ 439,30, um aumento expressivo em comparação aos R$ 402,45 registrados em 2022. Esse avanço foi impulsionado, principalmente, pelos preços de alimentos e bebidas amplamente consumidos durante as festas de fim de ano.

O azeite de oliva extravirgem, essencial em muitos preparos, foi o item com maior alta, registrando um aumento de 21,3% em relação ao ano anterior. Entre as proteínas, o pernil com osso subiu 17%, enquanto o filé mignon e a picanha tiveram aumentos de 16% e 15%, respectivamente. A picanha, embora não faça parte da cesta tradicional de Natal, é muito consumida em churrascos e celebrações familiares típicas do período.

Produtos com queda nos preços
Apesar da alta generalizada, alguns itens apresentaram redução nos preços em 2024. O tradicional panetone de frutas cristalizadas (400g) registrou queda de 1,6%, enquanto o macarrão espaguete (500g) ficou 2,1% mais barato. A maior redução foi observada no preço da farofa, com uma queda de 7,2%, aliviando parcialmente o custo para os consumidores que optam por pratos tradicionais.

Como as famílias estão se adaptando
Diante do aumento nos preços, muitas famílias estão repensando o cardápio das celebrações e buscando alternativas para compor a ceia sem exceder o orçamento. Guilherme Moreira, coordenador do IPC-FIPE, explicou que a sazonalidade influencia diretamente os preços.

“A cesta natalina considera os produtos típicos das cestas prontas, mas observamos também o impacto de itens que, embora não sejam tradicionais, ganham espaço no consumo durante o período, como a picanha, muito presente nos churrascos e confraternizações”, destacou Moreira.

Planejamento é a chave para economizar
Com a proximidade do Natal, especialistas recomendam que os consumidores planejem as compras com antecedência, façam pesquisas de preço e considerem adaptações no cardápio para equilibrar as despesas. Essa estratégia pode ajudar a manter as tradições sem comprometer as finanças.

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