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COP 30 E DESENVOLVIMENTO DO SETOR FLORESTAL MOVEM DEBATE ESTRATÉGICO EM BELÉM

Evento promovido por AIMEX e FIEPA discutiu sustentabilidade, comércio de carbono, fiscalização ambiental e os desafios enfrentados pelas indústrias da madeira na Amazônia

Representantes de instituições públicas e privadas, empresários do setor florestal, lideranças sindicais e especialistas se reuniram nesta sexta-feira (06), em Belém, durante o Workshop “COP 30 e o futuro do setor Florestal na Amazônia”, para discutir caminhos estratégicos para o desenvolvimento da cadeia produtiva da madeira com base em práticas sustentáveis e preparativos para os desafios globais impostos pela COP30.

A programação, com entrada gratuita, encerrou oficialmente a Semana do Meio Ambiente organizada pela Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), por meio da Jornada COP+. O evento foi promovido em parceria com a Associação das Indústrias Exportadoras de Madeiras do Estado do Pará (AIMEX) e reforçou o compromisso do setor com a legalidade, a conservação ambiental e o fortalecimento da economia regional.

Na abertura, o presidente da FIEPA, Alex Carvalho, defendeu o manejo florestal como uma atividade legal, sustentável e necessária para o desenvolvimento da Amazônia. “Temos consciência ambiental e de futuro. Por isso, defendemos um setor florestal forte, que agregue valor no nosso território e gere emprego e renda sem abrir mão da floresta em pé. Não podemos aceitar que, sob o pretexto da preservação, se impeça o avanço de quem trabalha corretamente e acredita no Pará”, destacou.

O presidente do Conselho Temático de Meio Ambiente e Sustentabilidade (COEMAS) e diretor executivo da AIMEX, Deryck Martins, reforçou que o setor já foi um dos mais importantes da economia paraense, e destacou o esforço das empresas em seguir padrões legais e ambientais rigorosos. “A madeira é um dos produtos mais monitorados do Estado, não apenas por sistemas públicos, mas pela postura das empresas que investem em qualificação e responsabilidade”, disse.

Entre os participantes, o superintendente do Ibama no Pará, Alex Lacerda, enfatizou a importância do diálogo com os setores produtivos e o papel da fiscalização. “É essencial compreender as demandas e regular adequadamente esse mercado, que tem grande importância econômica, mas que é regulado por normas ambientais que precisam ser respeitadas”, afirmou.

Já o presidente da AIMEX, Leandro Rymsza, destacou a necessidade de identificar os fatores que têm ameaçado a continuidade do setor legal. “Estamos falando de um setor que atua dentro da lei, com reconhecimento internacional. Precisamos entender por que ele está sendo enfraquecido, ouvir os empresários e buscar soluções”, concluiu.

O workshop reforçou a importância de uma atuação conjunta entre governo, iniciativa privada e sociedade civil para garantir a sustentabilidade do setor florestal e preparar o Pará para o protagonismo que terá durante a COP30.

Fotos: Comunicação FIEPA

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