Você já se pegou chamando seu pai, mãe ou avô de neném? Quem irá levá-lo para sua caminha? Quem irá dar sua comidinha, banhinho, levá-lo para sua casinha? Entre tantas outras situações, descobrimos que, ao falar essas palavras e nos dirigirmos dessa forma às pessoas idosas, estamos infantilizando-as, o que está diretamente ligado ao idadismo ou etarismo – o preconceito baseado na idade.
Pode parecer exagero ou até piada, mas familiares e até profissionais de saúde fazem isso com certa frequência, tratando idosos como crianças, desconsiderando suas escolhas e opiniões, retirando-lhes a autonomia e excluindo-os de conversas e discussões importantes.
É como se a maturidade e as respectivas capacidades cognitivas de um idoso fossem incompatíveis com as da vida adulta, como se um idoso tivesse a mesma compreensão de uma criança na primeira infância. Ao minimizarmos sua autoconfiança e autoestima, o idoso é levado a ver a si mesmo como alguém frágil e incapaz. A infantilização coloca uma barreira entre o idoso e o mundo, como se estivesse regredindo em importância como indivíduo. Isso gera consequências drásticas para a saúde física e emocional da pessoa idosa.
É crucial dissociar a ideia de que, para ser empático, é necessário ser engraçado e fofo com o idoso. Na verdade, é necessário ser coerente e comunicar-se de maneira que ele compreenda, levando em consideração sua capacidade cognitiva, nível de escolaridade, déficit auditivo, e não apenas a idade.
É crucial dissociar a ideia de que, para ser empático, é necessário ser engraçado e fofo com o idoso. Na verdade, é necessário ser coerente e comunicar-se de maneira que ele compreenda, levando em consideração sua capacidade cognitiva, nível de escolaridade, déficit auditivo, e não apenas a idade.
Vamos refletir juntos? Ao infantilizar o idoso, você está promovendo autonomia ou dependência? Muitas vezes, a intenção de proteger o idoso pode se transformar em excesso de cuidado, tirando-lhe a independência. A perda de autonomia afeta a autoestima e prejudica o desenvolvimento da pessoa.
A orientação para cuidadores e familiares é permitir-se ensinar e ajudar quando solicitados, incentivando-os a enfrentar novos desafios. Também é importante ouvir com atenção e aprender com eles, uma vez que a experiência de um idoso pode ser valiosíssima. Estimular a socialização com pessoas de várias faixas etárias é fundamental.
O envelhecimento é uma condição da vida, não devendo necessariamente ser associado a uma ideia de regressão e inabilidade. Mesmo sob cuidados, o idoso não deve ser colocado ou se colocar em uma posição de passividade.Mesmo quando uma pessoa não consegue mais expressar verbalmente suas vontades, é importante que a família conheça seu histórico e seus desejos em outros momentos da vida, para saber o que esperar em determinadas situações e decisões.
Mesmo debilitados ou sem condições de tomar decisões, vocês têm uma história construída que pode fornecer suporte para resolver pendências. No mais, o amor decide como iremos passar por essa fase de grandes aprendizados para todos: quem cuida e quem é cuidado. Bora colocar isso em prática?!
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